Lançamento do meu segundo Livro "Ritual para Encantamento das Massas" 17/07/2014

será realizado na loja da Editora Oitoemeio
O endereço:Travessa dos Tamoios, n. 32, loja C,Flamengo,Rio de Janeiro quase na esquina com a Rua Marquês de Abrantes. A partir das 19 hrs!

vento

quem me dera morar numa prainha na Bahia viver da pesca tomando ácido todo dia e água de coco.

idéia para um conto de terror

P. mata o monstro atrás dele no reflexo do espelho. Puxa ele pra fora, arranca o couro do monstro e devora.

poema de trabalho 2

Hoje no trabalho tive que olhar pra um cú direto. O dia inteiro o cú desconhecido me olhou enquanto cuspia cristais. Um botão rosa, peça central de um trabalho lírico em que atores comiam cocô e usavam falos minerais. Olhei o dia todo pro mesmo cú. No final do dia ele me parecia mais familiar. Cú que cospe cristais. Que tive que olhar o dia todo no trabalho.
hoje eu consegui escrever de um parêntese dentro de um parêntese dentro de um parêntese. acordado dentro de um sonho dentro de um sonho dentro de um sonho.

1928-2013

basta viver na vida, quem precisa de foco? na vida basta viver. são fracos os que cantam o foco. Man Ray já sabia do amor que brota quando não há foco, estrela do mar.

KAFKA

Desde novo Tendo que decidir Eu não penso em nada Faço de tudo para seguir Quero ir onde o silêncio leva
São Conrado é um hímen diariamente rompido pelo fluido automobilístico, compacto, que forma o falo na via.
Vinho de dia Não da sono Da alegria Igual a sangue De noite E excrementos.
A verdade Quando aparece Para as pessoas Que a conseguem ver, Vem de forma tão cristalina Que é impossível Descrevê-la de maneira Analítica. Mais ainda representar Como se "vê"; O que se pode fazer É descrever aspectos Através da expressão artística e o coração.

PRIMAVERA

As extremidades Estão geladas E ao redor esse calorão, Chega a doer. O telefone apita Treme; Hoje ela é tua, A palavra de sempre do momento é okupar. Robei sua Camisa, É o catranco Do barroco: Vou sequestrar A Mona Lisa.
Uma Núvem Gigante Pairou sobre a Pedra. Meu amigo Pablo la da Argentina, Quando viu Achou que era neve. Neve no Rio? Perguntou, louco. Falei para o Pablo que a Pedra da Gávea Esconde Inúmeros Mistérios Querendo ser inventados. É so querer.

quando tomei um ácido

Quando tomei um ácido No início tudo parecia tão plácido Depois não sei o que aconteceu Na hora em que pensava Achava que não era eu.

CAIXA DE ENTRADA

ei que saudade ! vem pro bonde som pedrinnn ! tem boa hj querido ?? saudades ... mt ruim o filme né ? ja tá em casa ? tem uma merreca ... mas num ta valendo não - irra ! cadê tu ? nada de nelson ? me dá o tel do rodrigo leme tu ja acordou ? posso usar tua net ? qual a boa de hj ? qualquer coisa dá um toque valeu ! bjo ! fala pedrinho ! vai no jogo hoje ? eu e val vamos pegar o metrô as oito aí em copa partiu ver o mengão virar o jogo ?! bjão! markei ? -dez minutos na esquina- tá na nelson ? quer almoço - gudang - cerveja ? ta bom ... tu num vai acreditar to na radio em SP com meu primo e tom zé ja falei q a gente foi no show em salvador IRADOOOO (quando voltar te conto melhor) colé peguei várias ondas hj ! minha prima tem uma prancha tipo a minha irado o mar aki amanhã tem+ valeuuuu morgou mesmo ? ta aí querido ? alegra um pouco meu dia ? simbora pro bola preta ? show do eddie ... bjs ta aí ? você veio ? tem como saber aonde você tá ?! beijo não é melhor na volta ? to aki boa! to no francês e vou fazer depilação aí do seu lado depois passo pra te dar um bjo rápido e aí baby o q fazes hj ? vai assim que sair daí ! praião ! búzios ? bella ainda não ligou mas vem assim mesmo ... - é o jack - show da orquestra imperial e beth carvalho nos arcos da lapa segunda 18 horas também adorei ! muleque a loja ficou linda ! beijos ! mui buonno ragazzo baci bella ! to num momento importante da aula já te ligo estamos no canto da escada do bar de frente pro bar canto esquerdo cuidado ta tendo tiroteio no morro do leme desisti to aqui na frente do lado direito do palco onde vcs estão ? red river tá bombando e a gente tá aqui ! bjo saudades ! salvador city friends ... simbora pra puc? show do monarco? praia ? nem to conseguindo te ligar se quiser me liga de novo e me encontra na esquina tá na pilha de markei ? to chegando no rio cena mas realmente acho que num vou ficar partiu praia belo ? só que por aqui - coqueirão tenho que passar em copa pegar a minha bike ainda não terminei mas preciso do burroughs ! whitman é o cara !!! to com uma semana de yoga no nirvana que não me deixaram usar se quiser me liga pra eu te dar - namasté ! vamo pra farra ?! tem festa no ifics ... vc tá no inferninho ? ja é bjos ! lapa lapa ? tipo rua e cerva do isopor ? louco! qual vai ser ? bora torrar a palha ? estamos no red river tomando cerva e comendo acarajé - saudades to fumando paierinho e lendo o manifesto lembrei de vc ! boa bahia lindo ! até a volta ... não tá rolando mais ... valeu paison olá ! saudades - lembrei dos seus livros do castañeda hj ... beijo carinho ... ( to no teatro se for fazer algo mais tarde me fala ) to em casa ... bjo ! festinha amanhã 21h ! av. atlântica LEME - levar cerva ... bjo cadê tu querido ? partiu cordão do boitatá ? AINDA TE DOU UMA COELHADA !!!

#fine fevereiro#

novamente as pessoas surpreendem querendo estar vivas depois do carnaval o rio de janeiro é uma fera maravilhosa suas ruas sujas de poça preta e alegria exalam uma euforia canto de sereias envolventes

estupro de moira ( louca cega iludida humanidade)

e mais uma vez só neste mês foi mais de cem uma alma me afirma "acho que você não tá bem" e discutem minha aparência incoerência digo incoerência ?! ---se não me pareço bem!?--- to ótimo sou ninguém feliz sim feliz não mas mais além do que quis/fiz nada NADA é a primavera eu me lembro e me lembro e AAAAAAAAAAAAAAA ME LEMBRO faz três ou quatro outonos eu flutuando em um banco de pedra vadio perigoso na sombra encantando o farfalhar sinuoso de folhas secas ---de-----------um--------------------bambuzal que nunca quase mais que sempre absolutamente para todos momentos todos momentos os momentos cumprirá a trilha sonora de sons de todo escapismo

cronos&fagia

[ " o homem que outrora fui, o mesmo ainda serei " ] PÚCHKIN regurgitando++agora : e mais uma pancada AAA minha cabeça de lage pode ainda assim de barro agreste ocre serpentear de fome um ocre de barro agreste e delfim assim te delimito del finito del fin infinito

++ não se importe encomende o fim do mundo ++

esfinge fez o som agoníaco som insígne pescoço da zebra rabo do porco asa do dragão ---- corpo da vaca rosto máscara ---- egoníaco - - som + + + + + + SOM o apito apitááááááá e apitados os obreros entram pelos portões a trupe urbana bravios os nomes deles próprios chamavam bravios se chamavam eles cabeças calculadoras corações baterias tratamento de sentimentos no fosso amor no poço de balde se foi de carvalho de balde virou de lado o copo caiu mas não quebrou dois copos cheios fui panhar mas una gato fincou suas unhas no meu braço com força ou na minha perna --- branconegrounagato !!

seja romania seja

alver di session jantar bilioso comida pro gozo rima a rima nervótica comida erótica barriga enfática prosa corrosiva Zurique 1916 não é para presente ou para deus cambiando para vermelho uma caixa para paz narcótico algo mais “ pegue um jornal pegue uma tesoura escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar ao seu poema recorte o artigo recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo mete-as num saco agite suavemente tire em seguida cada pedaço um após o outro copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas de você e ei-lo um escritor original e de sensibilidade graciosa ainda que incompreendido pelo público . “ EWIGE WIEDERKUNFT!!!! uma fotografia de Tristan Tzara não é uma vulva aberta não é uma maçaneta na tua goela não é uma carrapeta na tua cabeça não seja um cara de meia idade seja seja seja até virar um velhinho e aí volte a ser criança !!!

Não há esquecimento

Por uma lupa , a íris na íris azul passada suspensa me recordo de um verso ----- no hay olvido . onde você estava em 1956 ? Estava fazendo torniquetes no braço em um apartamento sujo em north beach na temporada de San Francisco instantânea ouvindo Gerry Muligan na Lapa meia noite de subterrâneos deslocado pela profundidade de famílias tupinambás e de cadafalsos chineses ancestrais que velava um sentimento mais profundo de abandono total dos sons que sempre nos rodearam tipo um amigo que reclamava por “uma vagina nova “ pois as duas que ele afirmava ---- “ mesmo sem poder reclamar já estavam dando no saco”. Onde estava em mil novecentos e guerrilha do Araguaia verdesangue ? estava verde de sangue heróico americano continental soldados amantes a derrota anunciada pelos velhos filhos das putas que sempre foram assim desde a peste da infância dos colégios militares , estava na Bolívia morto na cordilheira abandonado nas trilhas com o Canto Geral em uma mochila de campanha em qual vida ? numa outra vida est ava na Etruria ou se chamava Temujin homem temível e voraz das honradas estepes Urais ?! Por uma lupa no mapa de navegação de uma cena feminina linda pele no colo no decote nos seios apertados contra meu peito dançando avidamente no baile de ontem uma garrafa de vodka e doses de insanidade de samba , me atirava no mistério aguçado por uma leveza doido pela estrada e pela primeira vez de fato ----- sem problemas em relação a morte em Tyro Tupã e em outros verões de séculos pra trás do meu verão 2007 em Macondo no Leme junto com os liberais, os conservadores os anarquistas e todos com estandartes de guerra, em 1936 assassinaram o poeta Federico Garcia Lorca mais uma guerra sujou a poesia sangue na Espanha no coração aonde aonde aonde estava quando um general de merda fascista cuspiu no corpo libertário em Granada , aonde ? Estava com ele no front nas trincheiras da Maré ----- junto nos poemas declamados como proibidões eternos ?!! Federico Amante Garcia Poeta Lorca Vibrante da Favela herói assassinado pelo regime das elites facistas ----- lágrimas que rolaram faces quentes das mulheres e dos homens que lutaram pela poesia pela liberdade o socialismo o amor incondicional ------- você por acaso seria a bala no corpo do poeta ? Seria a pólvora em 1936 na Espanha Granada ! Você ! Onde Estava ?! Quando o Napalm sufocava aldeias atemporais e o rock’n roll e a histeria baleavam as cabeças que rolavam na sessão de Holywood em Saigon, quando o Marinheiro Popeye foi morto em Nagazaki, lembranças de Santiago 1973, em 1950 quando o Xá da Pérsia vendia a alma draconiana para o imperialismo britânico , porra!! Aonde você estava ? Tinha me visto parado na rua com olhar catatônico em êxtase após ter aberto um livro de fotos do universo pedindo para que todos todos todos !!! parassem ao mesmo tempo e despertassem para algo maior e sentassem no chão e tirassem a roupa para que o sol queimasse o corpo , você me viu nessa manhã ? por dentro parado no meio da rua e ninguém parou pra puxar assunto e um homem fantasiado de coelho rosa me entregou uma propaganda em um papel escroto com cores feias, faz dois anos , aonde você estava ? Pego a lupa e o que eu vejo me infiltra esse labirinto de dias cinzas lanço a pupila de monstro nos arreios da cidade que odeio fazer parte pois ainda no futuro visitado da minha essência de homem crédulo no amor desesperado louco e incansável impossível , caído em um bueiro numa rua jet set perto da praia numa manhã ensolarada você não deve ter me visto, caído deitado em um bueiro misturando tudo de forma incoerente pois que merda que é o modelo representativo faz com que eu tenha que tomar partido ----- me emancipo me emancipei a tempos !! Eu caí quando o quilombo de Palmares foi invadido por uma facção rival e o Zumbi menor de idade era assassinado no útero da mãe perto da viela; aonde você estava quando Lord Cochrane se empenhou em luta pela liberdade no nordeste do país no período regencial ----- saiu cuspindo na coroa da corte britânica . Conhece este índio escocês ? herói do Chile ! Citado pelos trabalhadores salitreros que cantam poemas de Neruda nas sedes dos sindicatos , Esse é um canto alquímico enlouquecido, mais que triste e desesperançado, é um grito acuado nervoso alucinado calcinado pelo fogo não me exponho mais a discussões burlescas me pergunto aonde você poderia estar na hora do chá das cinco falando com voz macia o quanto aquela cena ou aquele filminho ou o quanto cult e interessante é qualquer coisinha na real sem a menor profundidade só serve mesmo é para a luz do que é delimitado racional e besta recordo quantas vezes olhei faces das mais desinteressantes tive que ouvir pessoas me falarem que eu só poderia estar maluco eu sorrindo mas só para não causar um mal estar achando elas um porre, pois o universo dançava e gritava dentro de mim e ao mesmo tempo algo me faz ver sempre uma criança linda e a morte ------ a essência , mesmo que ela apareça apenas na morte de cada um .

No sul da América

um. Noite, noite sem lua . Pessoas se atropelam furiosamente correndo para onde todos acabam, porém longe de alcançar o lugar onde as estrelas se abraçam . os pássaros não dormem a noite toda eles saúdam a poesia vinda na beira da lagoa quando eu sei que sonho durante todo dia, de repente ao fazer uma curva nesta vida perto da areia na praia dou de cara com a lua refletindo o movimento líquido do mar amarelo ; Pedalo pedalo e odeio a fumaça suja emitida pelos cofres dos empresários do transporte coletivo de almas paras as terras tristes , pedalo pedalo e a yoga é a união da mente com o corpo através da respiração enquanto o coração é a percussão do espírito , pedalo pedalo e cristo não era católico a Rússia nunca foi comunista Sócrates não foi platônico pedalo pedalo anarquia é o fim do estado o início da terra utopia só existe por causa de um cara chamado Thomas More pedalo pra chegar em um ponto onde eu cante um grande amor a tudo isso porque Ramsés não era o primogênito e a história da humanidade não é tão pura quanto um livro de Dostoiévsk que é luz vinda do subterrâneo . Sim ! Eu vi era ele , o Quixote maltrapilho andando pelas ruas ! eu vi eu vi quando ele apontava na direção de um padre de maçãs vermelhas e barbas brancas eu vi Quixote e sua armadura de coração e lata e o diabo atrás das imagens de altar enquanto Rimbaud vociferava em meu ouvido . Rimbaud me aturdia pois o amor do homem não pode ser perfeito enquanto a poesia não for a oração dos que recuam perante a beleza da falta de medo da morte eminente ! dois O Atlântico é azul e liso o Atlântico aqui no sul da América abraça as ilhas diante dos olhos do meu amor que sorri exclamando a beleza da contemplação , onde acima o azul é mais celeste , céu tão puro quanto o oceano tão certo quanto o brilho intenso desse sol que não parece ser apenas mais uma estrela . Os picos mais altos das montanhas que abraçam tudo por aqui revelam as verdes matas das encostas onde brotam casas que sobrevivem no meio do tiroteio da miséria humana produzida pelos donos dos templos da guerra da ilusão as grades as armas os relógios e o motivo pra competição entre os egos que escravizam os culpados e os inocentes os inocentes e os culpados . Os inocentes e os puros e os falsos os mercenários e os fortes que são fracos e os humildes que tem orgulho os fracos que são fortes os orgulhosos inseguros, ninguém é rico enquanto for mesmo rico algarismos coçando em suas costas abastadas e seus colchões duplos que estão acostumados com a seda, a falsidade de um sono bem dormido durante toda uma vida supostamente feliz que não é nada perto da morte . Certo ! Suspiro suspiro dei um longo suspiro boca e o beijo no pescoço quente do meu amor . lambi o papel e a lingua lambi a pele enquanto sua mão percorria em liberdade . Nossos olhos são loucos e santos e estão gemendo por toda a terra no meio de todos corpos afogados pelos rios de orações fervorosas nos calabouços sombrios do planeta em urgência , o fogo queima e a água transborda o calor e o abafado ar no sul da América

Dia em brahman

Desperto disperso, o dia um dia em brahman é apenas o dia lá o olhar daquele que acorda expande planos de horizonte e quebras de fronteiras de limites o intransponível o nascimento de tudo que virava ou vira as cinzas também dos afetos , também do que é sutil imperceptível também do que é nebuloso ao cristalino o nascimento do que era místico e se tornou evidente e até material um tapa na cara o longo suspiro barulhento de um corpo voluntarioso que acaba de acordar, no que aparece o sol brilha cresce sobe atinge o meio vai pro outro canto numa boa explodindo tinindo uivando de olho no movimento da boca ao lado dos certos de todos os lados que existem se é que são lados ou trajetórias enquanto ele ainda está por aqui , dia esse é o mesmo tipo de dia dos outros tipos de concreto e impalpável imperceptível mas compreensível e que se deixa gastar faz com que valha a pena aconteça o que acontecer nele porque quando ele bate na linha e explode fazendo tudo ficar preparado para sua despedida e as cores e a vida se agitando aos berros os sons do tempo tudo se torna naquele brilho vespertino ao alcance de qualquer dança que se dance de olhos fechados e suor espesso , quando se torna naquela vibração das nuvens douradas onde o momento é exclamação é um coro é um canto uma música onde o que por acaso estiver parado se transforma numa estática ondulante e gira grita fascina até o último suspiro do raio solar ! Vulcões terremotos cataclismos penetrações ondas gigantes de morte e orgasmos de múltiplos renascimentos tiros de flores e queimadas de ervas fragrância de papoulas mágicas nas margens dos rios milenares das joviais montanhas e serras vivas onde tremores são partes dos abalos da dança planetária deste pelotão do universo dos bairros a periferia é o centro pros periféricos é a verdade pros que estão presos e vendados com a mortalha da realidade que de dia em dia quando Brahman está disposto e vulnerável se torna em um ímpeto catalisador da loucura de samadhi onde todos os símbolos vibram para a desavença dos babacas perecidos e falhos e suas matérias primas não farão parte da orbe pronta para a reciclagem ensangüentada do Kosmos que grita chora sem espera sussurra para que comece esse novo dia que enquanto dure seja o dia em Brahman .

SIESTA OU MORTE !!!

de uma fresta pequeno hímem imaculado fico indolente cheio de sono apenas observando o azul imenso deste céu iluminado ---- parece que os prédios me detestam que as sirenes me ignoram e que os desempregados gostariam que eu fosse uma indústria e abrisse meus portões sendo olhos iluminados para que uma nova linha de montagem fosse destruida ; porra !! peguem suas marretas e seus capacetes vamos derrubar a cidade e ensaiar um discurso PÁPÁPÁPÁPÁPÁPÁ vamos colocar um boneco como patrão e fazer com que um orixá invada o corpo do ventríloco !! Assim seguiremos para que exista um dia o saque financeiro ---- estuprando escritórios aos moldes de Wall Street faremos com que o vôo de uma gaivota incendeie as consciências robóticas e inspire o suicídio coletivo dos altos cargos presidídos lá das cordilheiras espelhadas

sutra do vale

tomada do morro do castelo rolando mel com limão - o hak e a massa verde salvador pra moreré pra salvador pra o capão pro pati noites de céu estrelado bolado vejo estrelas voando minúsculas espaço naves que eu vi eu vi deitado da pedra aqui na caverna comendo doce de leite :::::::::::::: KRISPA fazendo uma fogueira enquanto alguns dormem e outros como eu bebem um goró verminoso - tem um cachorro deitado aqui perto - aqui perto me ofereceram uma fatia de goiabada: foram os sons da mata e o que não é lindo por aqui ? não existe nada por aqui que não seja assim - lindo - éééééééé as plêiades estampadas no kosmo o universo é um teto furado vazando luz direto pra os meus olhos que se fecham pra o sono quando tudo se abre pra um sonho - um dia os olhos não abrem mais e o que era sonho vira a cinza dessa fogueira aqui do lado da minha existência atemporal que é feita da morte que faz vida e vigilia enquanto se vive se morre e se acaba ?! - SUTRA DO VALE - o som de mantras plácidos correntes na beira de um riacho das águas coloridas libélulas azuis pequenos dragões voadores insetos pousados sob arenas de luz refletida no espelho dos olhos das águas em fuga - amor entre pedras no momento da profundeza no vale das cigarras e dos grilos dos pássaros serpentes onças e macacos - vale do vôo vale do pouso vale de montanhas rupestres naturais cobertas de minério alquímico encosto minhas costas de frente pra o rio que não para de escorrer o movimento limitando a rocha dividindo a água em um abraço ou uma faca uma foice molhada na lâmina que nos leva e nos termina em sua corrida *** CALIXTO DE MANHÃ & frio prefeitura sono no corredor da casa chão frio pés no solo algumas horas de pedalada em direção ao capão :::::::::: arruma lá o fumo de corda pra misturar no HAK krispa pele azul vai andando pela trilha onde as pedras preciosas das estirpes de cor jazem por debaixo dos lençois freáticos de amantes da nossa terra da banana da banana da terra do forró metal pesado chão da casinha gelado ali sentado em frente ao mapa eu vi a cidade de chique chique ao lado de barra margens de são francisco majestosa bahia de todos os santos dançarinos de todas as costas encostas selvagens aonde o verde respira por meu pulmão pulsa pelo coração bate pelos pés brilha no chão HARE KRISPA vamos andando de bicicleta imaginária nesse campanário encantado habitado por elefantes e heróis perfilados para a batalha das falanges libertárias contra todos os muros de concreto pessimistas das urbes assombradas parado na estrada (uma carreta virou na chuva) a chuva que penetra até o espaço inexistente o onibus povoado por um pessoal seguidor de carlos castañeda - LOUCURAS DA CHAPADA - espero chegar a tempo em salvador city para poder comer um acarajé da cira em itapoã e depois partir pro rio de janeiro engaiolado em barras de ouro da ilusão entorpecente (...) a galera do castañeda ta entrando numa de fazer um passe coletivo no corredor

poema 29 de março, 2012

Se eu não simplesmente odeio quando a chuva engana geral ? diz que vai cair alagar; só pinga um pouco & depois desiste. aí desiste de desistir cai tanto, fina gelada pelo ar. você não simplesmente ama perceber quando a chuva vem para ficar pelo menos 3 ou 4 dias direto ? não ama perceber que aquele buraco na calçada, aberto pelos operários contratados pela companhia de gás da cidade, que esteve vazando perigosamente durante toda a madrugada, pode virar uma piscina aonde os mendigos vão fazer amor até a morte como se estivessem em um motel 5 estrelas em plena sexta feira de manhãzinha. pouco antes daquele movimento todo do centro da cidade.

encantamento ritual das massas

labirinto rabiscado
cada rua sua esquina
morfei sem querer
sozinho sou bárbaro
sedento de tanto rodar
desviando de outros
olhos quando saio
de casa realmente
chapadão

já nasceu !

http://www.oitoemeio.com.br/952/catalogo/e-fundo-o-plano-da-vidraca/#more-952

No crânio da arrebentação

macio perdido,
mar tempestade

cinza puxado
pro azul embaçado.

No crânio da
arrebentação

uma criança engole
água salgada,

engasga no colo
da sua mãe

que acode assustada
dando tapinhas
bem de leve nas costas
dizendo já passou.

" Aonde você estava mãe ?
Mesmo ali do seu lado
espuma enfurecida
passou uma banda
nas pernas gordinhas
do seu filho pequeno,

ele que desde antes foi encantado
pelo murmuriante oceano,

e o som de todas as conchas
trazidas pelas marés . "
arde
com tanto
pra dizer
mesmo
sem querer.

do térreo
acompanhado
via lírica
solo antes
mesmo do não.

os andares
fantasmagóricos
empilhados num vão.

o bairro não é você.

俳句 cinza

SOM DA BRITADEIRA
desperta espíritos
concreto remoído.

uns tapas antes do café

Víctor Jara, vou trabalhar sempre atrasado. Pensando em cima da hora Que podemos dizer muito de um homem conhecendo todos seus amigos. Dizer que atraso, por conta do efeito narcótico de um tapa, Nunca faz verso; faz mais uma simplificação. O atraso crônico é resistência frente essa alienação nosso tempo derretido. E chego em cima da hora pensando Que não é possível estampar sonho feito de miséria sólida na vitrine. Se pudesse tocar em todos os segredos da esquina refletida no vidro liso e profundo da vitrine. Víctor Jara, os segredos dessa imundice que não fede nem se vê. Os segredos que conheço foram combinados a meia voz em meio ao murmúrio do caos da cidade A falta de idade Nada impede, ensinar isso seria desgostoso demais. Vejo sua tumba sede goteja Víctor Jara seu sangue some e o som no asfalto. Aqui na esquina os homens passam para o trabalho Esquecidos de você.

mesmo que a memória.

[amor profundo respira batendo]

Onda de vida
repetição vazia
quer dizer espuma
na areia que vira
pedra desejo de rocha
que na verdade é céu.

Azul que é o céu
discreta rocha a pedra
violenta branca areia
quer ser espuma
vazia repetida
vida de onda.

[bate respirando profundo amor]

Rua Gustavo Sampaio

um.



Mendigo
bode
bêbado
triste
vagabundo
criança
feliz.

Luz
irradia & une
no caminho
não procuro
quem procura
perde

sem caminho
não procuro
deixo luz
pro escuro.







dois.






[ Noite bruma marítima mais sólida e branca que uma parede; deito me levanto - avôo. Folhas amareladas alameda das amendoeiras
Sem Fim.]

Pedras lisas
sujas desgastadas
na penumbra meio dia
na umidade meia noite,

Pedras portuguesas
delimitando chão.

Sola solta da
sandália percurso;
vista vesga vendo alma
coração espetado
no churrasquinho de gato
fumaça que sai da brasa
de frente pro bazar,
dali santuário infantil
vindo da rua amena
sombra que faz
as amendoeiras.

Onde o galope do tempo
fez crescer minhas pernas
e o desespero; também
a desobediência e os
projetos inexistentes.

Rua ágora emotiva mais
pra pedra quadra final
direção beco do chapéu
que cruza.

Fui e voltei mil vezes
mãos dadas com minha vó
e também chutando lataria
dos carros estacionados
com amigos
tão idiotas
quanto eu.

Disparando
alarmes
madrugada
pra cima
pra baixo
inútil.

Atravesso
invisível
sonhos
intoxicados
vendo
carne
viva
ali
deitada
na
rua
pra
morte
vida
perto
dos
uivos
noturnos
numa
que
sempre
esteve
afastada
de mim.

Cabeça leve tinha
fumado mais de cinco
baseados e não falava nada,
mas sentia assustada.

Sentia falta de medo
assustado no caminho
dessa rua que é nuvem
acizentada,

e é tudo que passa
que é nada.

Eu sou sempre se desfez
entre carros estacionados
e tronco de amendoeiras!

Via troncos pelo reflexo
santo nas poças paradas
das sarjetas.

Me segui ventando
entre a Anchieta
e a Aurelino Leal,
depois o giro
direção escolinha
pública fazendo
curva voltando
pro oceano.

Não há uma só
memória,

é uma
galeria;

tira crédito
do que sou
não importa
sou o que não
se vê por ela,

rua,

mais que
a vista
diria.

O que foi
deixado no limo
entre as pedras
portuguesas,

só ali
sei estar
e espero
o vazio
inofensivo.
Meu Portugal nunca

foi a terra reconquistada,
refém de exodos maravilhados
melancólica ilha imaginária.
Continente que é de borda
ibérico na península.

Ele
sempre
foi
mar,
meu
Portugal,
muito
mais
uma
nau.

- Pra sempre
navegar.
Sempre
preciso,
antes até
de Sebastião

indeciso.



Meu Portugal
púnico

não único,
vem do
Pré Portugal,
dos heróis
de Carta

go.


As terras
insulares
mais pra
África que
outros lares,

campos


rotas
tortuosas
e os

prados,
vagas
fortes
macias,
potente
vaga
roso
lar.

É onde
veio o
Judeu
juntar
com nati
vos ances
trais,

cele
braram
todas as
diásporas
com matri
mônios multi
culturais.

Casaram
com
Islã
sempre
sendo
infiel
a doce
musa
cristã.

Portugal
possui
senti
mento
saudoso
do gosto
da pele
misci
genada
pagã.

O DOCE E POBRE
PORTUGAL QUE AMO,
NÃO É MAREJADO
- É MARUJA HERÉTICA
SEGUIDORA DOS FARÓIS.
PERDIDOS NOS MARES

sobre

pujados,
que são
obscuros
agnósticos
iniciados.

Comerciantes
Incontestáveis
que a remotas
eras sonhavam
com um filho
tropical como
agora para
narrar seus
sonhos
saudosa
mente;

Cá estou
Aventureiro
desmedido
imponente
vadio trans
bordo a borda
grande mar
que é terra.

Sempre se avista
pórticos salgados
dos mares dos sonhos

passante



Mais vigor nú passeia
luz vaga brilho vaidade santa
cheio de fome sobe desmaiado
eixo da cidade está putrefato,

Venta cego selvagem
espanta folhas abatidas
afundamos a penumbra solidão
sob profunda calçada de concreto,

Você emudece Nós caminhamos
la vai o expressionista sem teto
voa pesado sem cantar
seu capuz da K.K.K. em farrapos,

Caminha espremido entre muros
terra nivelando carne suturada sexual
sem espaço pra explodir
diante da beira do meio,

Sussurra uivos nazis
espaços sem espaço - passante
escancara sua boca
seca a marquise
mas trinca logo depois,
chora loucura a máscara
que protege tua cara carcomida
querendo ser fácil ser pessoa
fácil queria ser uma fácil pessoa.

::alegria revisitada::

animais
dentro da cabeça
matéria de fora
barco oceano
mar vento azul
crispas de horizonte
marinheiro a vela
centenas de aves
centenas de metros
céu sem limites
- estamos numa deriva
no mar dos sargaços.

fotos de agora
a pouco dez
centímetros
dois motoristas
a merda que o
cara fez saindo
cantando pneu
desembarque mochila
nas costas cidades
encantadas
ruas únicas principais
verdadeira zona
corrompendo
doutrinas doces
movimentos

dos quadris
transcendentais.

não.
ótimo dia
para se estar
melancólico
não fosse
alegria generosa
que aparece
como pequenas
notas dobradas
em papéis amarelados
o caráter forte
de quem cumpre
seu dever desbravado
com ternura
e batidas marciais .
silvos inúmeros
dos pássaros
desejando saúde
tudo correndo
como um rio
a luz a vida
a mente abraçando
qualquer vaga
lembrança calma.

ainda não
vai ser agora
respirar para
os lados e ouvir
diversas músicas
gorilas da planície
sonhos marroquinos
ventos do deserto
águas das montanhas
movimento de corpos
reflexo de gotas
leves caindo por
encostas selvagens
lobos do mato
arbustos espinhosos
flores que nascem

nas areias.

estar nas mãos e
corpo a corpo
a quem nos permite
rolar num abraço
pular num poço
dormir debaixo
de uma pedra
cheia encontrar
flores nos seus lugares
andar em trilhas
lágrimas palmas
palmas bater mãos
tocar seios molhar
tudo irrigar clarões
de céus rosados.


acordar durante
a tarde andar
por aí perceber
que está dormindo
e então andar por aí
fazer o que tem
que ser feito perceber
que estava dormindo
e depois de grande
esforço acordar e
andar por aí
sem fazer porra

nenhuma.

é foi o tempo de amigos

encostados nos carros
da esquina onde
a penumbra da luz
tremula saindo do poste
de concreto iluminando
menos que o olhar de
bandidos que passavam
encarando e na cabeça
de uma criança que
observava havia uma
chance em vida para
todos os homens de
encontrarem a fonte
inesgotável de amor
o pente interminável
de rajadas da criação
tiroteio de energia

virtuosa.

todas as noites que
aparecem nas tardes
e fogem das expectativas
todas as madrugadas sem

esperanças porque
aquele que espera
merece mesmo é ir
pra casa e dormir quieto
ou chorando dormir
calado sufocando debaixo
dos lençois sozinho
sem escolha sem carência
além da tua vida todo
resto do planeta respira
saliva e regurgita se
familiariza com a
trajetória sem
antecedentes
portanto não
se esqueça daquilo
não se lembre de
mim e mesmo assim
não passe por isso
e por tudo que
acontece e ou
possa não deixar
de acontecer e
mais ou tudo que
possa não acontecer
no cotidiano talvez
uma ida a praia ou
a prática de um esporte
ou a vontade de
colocar-se frente a
algo criado pelas
estações onde o
clima em uma cadeia
de acontecimentos de
inúmeras ordens
simultâneas extremamente

orgânicas e físicas que
fazem com que a
cada dia o sol ou a
lua não faça igual ao
que ela possa ter
feito antes em
relação a tua
posição parada ou
em movimento em
relação a algo para
fazer com que a
contemplação da
magnitude de tudo
que acontece
enquanto acontece
tudo contigo ou
que se foda não
aconteça nada
na TERRA.

a pessoa abre o
portão é colocaram
poste com relógio e
canta o motor
ronca combustão
cortaram o fio a
casa ficou sem
luz primo louco
cortaram a luz
dele e tinha mais
é que cortar
meteu o cadeado
só pra perturbar e
a empresa é goda
foi lá arrombou o
cadeado ele nem ta
mais morando por lá
- PROMOÇÃO
É PROMOÇÃO –
gritos nas ruas ao
lado um exército de
camelôs coluna bárbara
sedenta e fidelíssima
dinheiro é dinheiro
a gente faz um
descontinho vem
três vezes acho
que na quarta ela
compra ou não os
miolos dela voaram
pelos ares até
encontrar o chão
ela não pedia ajuda
foi buscar seu
casaco no asfalto
mataram um idoso
cuidado com aquela
esquina ela viu a
senhora esmagada o
ônibus arrasou com
tudo naturalmente
ela virou caiu e
foi isso o que
aconteceu.


todos a postos
atenção vai ser
dada a largada
confusão é fato
temporada de
caça safados
ganhando fortunas
na loteria paralela
teve um cardeal que
botou todo mundo
na roda e já
falaram que a
festa vai continuar
quebra quebra é
a proxima parada e
ainda falam que
por aqui que
existe sacanagem
mas é aqui ali em
todo lugar o mundo
faz parte do esquema
o povo tá esquentando
é uma vergonha coisa
de empresário agora
eu quero ver tá toda a
gente falando os
jornais todos fingem
dar importância e
a questão física é
mais importante
na Tunísia tem um
brasileiro fugido
é coisa de maluco
em qualquer lugar
do mundo é .


antes de dormir
tranquilo não se
pode derrotar o
que não faz parte
nunca ninguém me
perguntou sobre nada
mesmo e nem pra
você perguntaram
ninguém te pergunta
se você concorda com
alguma coisa me
apertaram as bolas e
meu pau mesmo assim
na cara dura eu tava
em frente ao fornalha
ali perto da P.J. na
calçada ela virou para
trás mostrou os dentes
a língua e eu longe
de estar sem graça
pensava que o vício
é amigo de amigos
é conversa fiada
tocam o meu coração
eu to bem querendo
um pouco de contato
me lembro e não tremo
sei que o caminho é
longo as vezes eu
tento imginar como
pode estar tudo por lá.


bom dia ela me
disse eu ia perguntar
se era com sanfona
ela disse meu marido
prefere com sanfona
na hora pensei que
prefiro o bandoneon
e que também amo a
sanfona mas ninguém
me perguntou nada!
OLHA A CHUVA! isso
me deixa satisfeito
ninguém nada mesmo
me perguntou embora
eu queira tango sonho
ouvindo lamentos
apaixonados.

o corpo como os
sons de saltos tocando
o chão e o apito do
guarda o olhar na
vitrine o som do pneu
na água a poça suja
lavando as intenções
sonhos de avatares
pitorescos buzinas fora
de ritmo vozes desafinadas
dos que passam sem
controlar as mentes
difusas que esbarram
entre si com guarda
chuvas em eus rasos e
vesgos que sofrem de
pressa quando na real
a perfeição rola e se mija
por toda essa

ignorância agitada.

AH !!!!! existe o
terno e a gravata
existe a rainha
da inglaterra
existe uma etnia
temida por todos na
África existe a

cordilheira dos andes
histórias infantis
existe ecos no meu
pensamento ela espirrou e

ninguém gritou SAÚDE
para cada lugar existe um
enigma a ser decifrado
existem rios sagrados no
mundo e quantas praias
que ainda irei contemplar

narcóticos e homens e a
vida que se faz durante a
noite fria.

junkies correndo atrás
na fissura impulso oceânico
da minha mente os olhos

formando vagas a expressão
em formas de rochedos
e o coração uma
caverna com espumas
salinas - os mutilados
os fortes os velhos
os belos os tesouros
as minas terrestres
as aventuras heróis
vilões a antiguidade
e essa era lanches
e chás que expandem

a consciência a
esquizofrenia
que assusta e revela e
salva e mata a palavra
justiça a lei dos homens
as idéias dos homens a
cadeira elétrica a árvore
de natal o homem
bomba governantes o
voto o corte da navalha
sorriso de uma criança
o abraço de um pai.


olha lá a cara dele
é de cana ele
tem cara de cana
num tem ? joga a
caixa vem joga larga
tem uma no canto
ele veio da rua pegou
as caixas de papelão
que é o negócio dele
pegou a última caixa
com sua camisa enfeitada

agradeceu e foi embora
sem embaraço aquele
cara poderia ser o salvador
dos sonhos caso não
tivesse que alimentar
seis bocas em casa
caso tivesse mais tempo
ele é o evangelho louco
e todos os poros do
seu corpo eclodem o
amor existente nos
corpos dos homens
ele puxa o carro de
burro pesado repleto
de papelão pela chuva
fina entre o barulho do
diesel no motor de um
caminhão acelerando
ele ultrapassa andaimes
outros esperam para
atravessar a rua outros
limpam postes com cartazes
de ciganos ou de compra
e venda de ouro porém
a moeda do cara é o
papelão e ele devagar
vai com seus passos
iluminados.


ao anti crônica
valente que anda com
hora marcada os que
caminham por esta
terra acampada pelo
mercado das ruas onde
tan tans atravessam
espíritos você que
esbarrou nela joga
minha energia faz com
que brilhe mente a
ponto de causar uma
dor por não saber o
que se pode fazer é
ótima a refeição dos
nossos dias tudo que
foi dito todas predições
na nossa cara
espantalhos choram nos

campanários porém eu
que ando pulo como
você não fico preso ao
solo às lágrimas estamos
vivos pulsando queremos

acabar com tudo isso
vamos inundar os cemitérios
que não param de crescer !! !

ouvi grilos no bueiro !

passei pedalando
& não estava só
parece brincadeira loucura
ilusão mas existe um
lugar chamado A TERRA

PROMETIDA eu ouvi
grilos no bueiro! passei
de bicicleta CUIDADO
COMIGO ! é demais tudo
isso eu grito para que
todos os que existem
até para os que escolheram
viver como estátuas de
cera com sorrisos de coluna
social com o nariz apontando a

abóbada celeste eu grito
que eu amo a vida em todos
vocês sem distinção crianças

sadias e loucas velhas
mal educadas todo o planeta
cabe no meu abraço
não vou me cansar disso
aqui ! posso até não ser
bom o bastante e isso
me alegra ainda mais eu
amo não ser bom o bastante
no olhar único do ser de
todas as pessoas que
vem e vão ééééééééé
essa noite vamos todos
fazer sexo fazer amor
vamos nos juntar aos
grilos numa serenata
eu eu sou nós vocês
todos da porra tudo
do orgasmo do solo
da luz da garoa fina.


presta atenção presto
pro fim pro não
pra preguiça ou pro
problema pra que
tremer tanto cuidado
prefiro praticar aprender
livre que prender assim
sózinho bandeira da nação
traição idéia de república
fabulosa invenção papel de

dinheiro papel de pão
cidadão ?! AH !!!!! faça - me
favor pra que tanta razão
gasta com tanta falta de
sentido de sentimento pra
que tanto esquecimento ?
prefiro pregar como um
prático o princípio

pragmático
em prol da libertação

da alma humana
alçando vôo no
interior da terra ar fogo
água é o composto alquimia

pacífica cor vermelha do
sangue borolento.

safados passaram a
investigação pra o ministério

público desse modo
safadeza canalhice o
fórum privilegia safados

políticos ladrões
tantos envolvidos em
comum acordo eles
passam o negócio e
assim lavam mãos
enchem barrigas
enquanto morrem homens

mulheres nas ruas que
são iluminados magros
é incrivel suas vibrações
andam ao lado de espíritos

superiores ou espíritos
superiores andam ao
lado deles ou eles são
tão iluminados e superiores
que são os próprios
espíritos e os espíritos
são eles aqui em carne e
osso nesta vida agora
até a morte é demais .
de pensar que a
realidade não diz
respeito às pesquisas
ainda existe voto de
cabresto churrasco
sacos de cesta básica
vinte pares de botinas
declarações debochadas.


contradição e conteúdo
pessoa é contra
outra contradiz
ética é interessante
discurso ponderações
meios fins e esse
é um modo quer dizer
existe modo existe
argumento existe o que
quiser existir tanto faz
razão pura prática simples
sobre complexa outra
forma mesma forma
básico livro a importância
o que você acharia
linguagem sorrisinhos
aparência filosofia
circo bobo palhaçada
sala de aula cadeira
tablado quadro negro
o véu da ilusão.


de saia verde pelo
reflexo do vidro
de capacete azul
uniforme sujo de
tinta de bolsa
vermelha camisa
rosa chapéu
laranja pulseira
tipo colômbia
reservas para quarta
feira sete doidos
sentados lado a
lado como se
estivessem no
puleiro outros de
pé conversando
aplaudiram a
garota feia que
passou andando e
sorrindo para eles.
história marginais
ao lado de verdadeiras
lendas sedados
em coma a dez
anos na areia
escaldante

do verão.

acabaram de subir
um balde com a
corda e um dois
apertaram o cigarro
numa boa todo
mundo fumou o
que quis e na festa
que rolou os mais
doidos eram eles
suas histórias são
as melhores os doidos
quando se dispersam
logo se reencontram
cheios de histórias
pra contar camisa
listada de manga
comprida - VIVA A
REVOLUÇÃO DO
LIBIDO PERDIDO
evocaremos a saudação
de um novo partido
os desiludidos unidos

que margeiam tudo
andar em brasas
procurar & destruir
estimular novos
neurônios tirar
fotos de ângulos
retos diretos no
agir de quem não
se engana PORQUE
quem se engana é
aquele que está
sempre certo.

onde quando porque
como tudo pode
acontecer assim o
corpo se espalha
deitado com o rosto
relaxado uma pessoa
por mais que seja
muito mais e nada
a mais por mais que
realmente possa provar
que é muito mais que
isso é uma só pessoa
eu estava no rosto
luzes sons radiantes
era tudo mesmo que
eu gostaria agora
sem passado ou futuro
tudo o que gostaria
agora um caminho

para seguir .

- o par de meias de lã
para pés femininos pés
pequenos e frios pés
macios e belos pés
de pernas macias e
belas pés do corpo
feminino macio belo
inteligente é foi na
noite passada. na noite
passada eu encontrei
um estado de espírito
que havia se desmantelado
com o tempo com o
caminho solitário
na noite sonhei durante
o sono coisas razas
fiz uma escolha simples o
simples me encontrou
enquanto voava durante
o sonho.


a porta está aberta
- na rua onde passam
milhares de encontros
a curva da pista que
faz o cruzamento
é movimentada e
a esquina é o
caos saindo da
placenta é
deus paranóico
entorpecido com
a mente repleta
de visões cada dia
é uma fuga em
massa da caverna
já to de saco cheio
deste despertar
se soltar de grilhões
logo de manhã pra
poder curtir a vida
só carpe diem pros
alforriados tudo
inicia termina se
expande nos sonhos
oxalá a noite que
chora a tarde que
sufoca agoniza a
manhã que redime
ou o contrário ou o
avesso ou o inverso
LIQUIDAÇÃO MALUCA !!
eu ia lá hoje mesmo
faz a festa essa noite
cumpre anos do filho
mais novo mais
velho filho do meio.
o bicho homem é
problema tem
uma frente fria
chegando acho
que ficará até o fim
de semana em todos
lugares do planeta
em todas ocasiões
por onde quer que
se olhe se observe.
na verdade não
me lembro direito
o que aconteceu
mesmo assim acho
que consegui alguma
coisa e de pensar
em tudo o que eu
passei estou passando
vou passar fico louco!

cheiro de churrascos
nas ruas na rodoviária
existe mais de vinte

churrasqueiros barulhentos
a filha da baiana comanda
os espetinhos na farofa
tudo na rua na calçada
continuo resistindo
forte vivo feito rocha
com uma precisão
matemática intuitiva a
vida te atropela e depois
ela continua se levanta
pra preparar a guarda

armas não salvam vidas
por falar em vidas não
vou perguntar por nada.


na praia quebra mar
em muros do ponto
onde todos estão aceitos
é deixa eu te contar
algo que sei sobre
essa hora que afunda
os espíritos deixa eu
te mostrar o que se
deve fazer para libertar
sua cabeça me deixa
a vontade para devorar
seu coração sorrir
com o teu sorriso
me deixa te ensinar
como se deve olhar
para as pessoas na
eternidade me dá
espaço para eu
mostrar o sorriso
nada é mais bonito

que afirmar que ama
tudo e que o
ato de bravura não
passa pela violência
AH NÃO !! eu gostaria
de mostrar pra vocês
gostaria de falar aos
seus ouvidos !

se fosse mais uma
segunda feira e o
mundo todo estivesse

atravessando a labuta
envenenada se fosse
uma segunda feira
terça não seria nada
domingo seria mais
uma desculpa e o
tempo estaria calculado
se hoje não fosse
segunda feira
ontem não teria nada
de domingo a praia
largas faixas de
areia as praias todas
lotadas estariam repletas
de vidas e existência
pois nada perderia seu

equilíbrio tudo estaria
no caminho das
pedras poemas.

dentro do carro
com verdadeiros
amigos já durante a
noite em um destes
dias velozes que
duram pra sempre
durante o retorno
destas vidas foi
quando avistei eu
mesmo fora dali em
outras épocas não
tão distante assim
tudo acontecendo
estava cada vez
mais distante daquilo
que um dia me trouxe
para perto da vista
que passava diante
do nariz eu fiquei
perplexo com a
impessoalidade da
distancia mesmo
cansado de sentir a
falta do que viví
mesmo tentando
impor os pés no
chão sabia como
ainda sei que
simultaneamente
eu vivendo naquela
noite de dentro do
carro ela vivendo
naquela noite onde
quer que fosse nós
dois à parte em
lugares diferentes não

importávamos pro
que acontece
com todos em qualquer
canto em qualquer
situação pois tudo
continuava na

cidade no campo
nas montanhas
florestas nas
profundezas no
alto nos sonhos
tudo era levado
continuamente
impossível e
foi assim que
retornei àquela
outra vida minha
deitada na grama
em meio as flores
caídas do

ipê amarelo.

todo dia de manhã
de tarde de noite
todo dia é eternidade
sempre as pessoas
andam param elas
nascem morrem
sempre na eternidade
os políticos roubam
na eternidade a
polícia oprime na
eternidade essa porra
de milícias fardadas
olhando atravessado
cheios de má intenção
e telepatia criminosa
e os bandidos vivem
na eternidade se
armam se matam
odeiam amam na
eternidade também
assim como o que
vem debaixo destas
ruas destes prédios
desta história política
sim tudo na eternidade
o país é uma idéia
o poder as grandes
cidades a capital o
campo as praias
desertas essa feira
livre este clima
tropical este calor
a retórica essa
energia que está
destruindo o planeta
todas as madrugadas
residem na eternidade
as idéias que perecem
entre os homens
lugares que continuam
depois que os corpos
dos homens perecem
estão na eternidade
VOCÊ mesmo que vive
a cada dia perece
cada dia e dança
eu que não existo
na eternidade
vivo e pereço nela.

poesia para massas

massa: corpos emaranhados numa aglutinação metafísica do coito subterrâneo sobre a representação . volte sempre um schopenhauer dissimulado – massas ! deixei minha cabeça pra voar à vontade desde pequeno. os homens invisíveis. CARA. eles gostaram da trama PORQUE? alquimia iluminação na arena minha cabeça me via da arquibancada torcendo pro que mesmo ? sei lá faço a mínima idéia! uma: fresta na janela vejo um guindaste laranja ao alto voando um pombo em outro plano reflexo do vidro no azul do céu de barcelona . praia de barceloneta onde na areia se esconde fragmentos de cores gastas. onde o jovem buñuel suspirou com uma baguete na mão. onde dali se auto empalou numa insônia distante. onde muitos amantes se repartiram ao meio escondidos nas sombras da madrugada no verão escaldante de temporadas antigas & sem limites. o mar mediterrâneo tem uma cor especial uma veia larga de azeite & sal uma salada de rotas & costas arqueadas daqui até meus cálculos perdidos. carboidrato: homem massa servil & santo. massas prestes acesas tragadas até virar cinza. massas libertinas de pernas withmianas crescem como relvas selvagens - na real - massa simulacra! sim no fim trago começo escrevo da linha desde início final para estourar galáxias em cada letra. se realmente apetece viva toda segurança de não entender leia de forma cega palavras vida própria massas despertas labor todo dia ainda sem sol - não queira saber porque por favor falso somente leia sem se perguntar que loucura é essa pergunte louco eu primeiro - pra teu fim . o que te precede me antecede. antes precede teus pais antecedendo os pais deles massas homens carnes jogadas em covas coletivas nos precedem pela historia tipo plataforma política. de qualquer forma o indivíduo já nasce derrotado pelo coletivo - o coletivo de deuses sugere morte. somos seres frágeis que a todo momento fingem enganar deus & o mundo - o mundo segue & vive transformando - se momento a momento resistindo para nosso ritual. tenho meus totens minha maravilha manifesta. acredito na palavra assim como na morte mas só por causa da poesia deixei meu orgulho de lado em favor da dignidade. vou chegar a um ponto mesmo sem ninguém (eu também) saber do que estou tratando serei morto cortando eras de vontades premeditadas falsas vontades abstratas nas telas de cine que se idiotizam pelas esquinas. virtude não se aprende . vontade liberta : pensam que as ações injustas sobem a morada dos deuses. levadas por asas. e que lá. junto de júpiter. ao vê-las. faz justiça aos mortais? mas o próprio céu inteiro. se júpiter escrevesse as faltas dos vivos. não chegaria. o próprio deus não chegaria nem a ler. nem a repartir as punições. não. a justiça. está em qualquer lugar aqui perto. abram apenas os olhos. eurípides brincando enfermo entendido da eternidade sobre o olhar no futuro que é teatro profanado por caracteres cunhados em papéis sujos mau interpetrados com valor distribuído nas bolsas de tóquio são paulo wall street. valoro o que está por cima & por baixo crescendo pra matar a fome. poema na bandeja como prosa nascida de uma horta rupestre como banquete extraído de um palácio repleto de empregados. creio que deveria escrever mais pra fazer com que entenda melhor - mas não. isso aqui é um começo que vira final & eu termino o começo neste fim .poeta : magnetismo do erro . cada verso um despejo em floreio para coroar a falta de exatidão contida quando se mente falando a verdade . vai. diz o que verdade ! diz o que . poeta : magnetismo do erro . cada verso um despejo em floreio para coroar a falta de exatidão contida quando se mente falando a verdade . vai. diz o que verdade ! diz o que . poeta: magnetismo do erro . cada verso um despejo em floreio para coroar a falta de exatidão contida quando se mente falando a verdade . vai. diz o que verdade ! diz o que . md:ma mas mais vazio permanente na barriga de quem ama tanto que prefere a parede sendo porta & olha pela janela revisitada a fonte da saudade fumo um cigarro direção rua do cemitério espetáculo do encontro premeditado em que ato? cálculo intimista perfeito maior até que a juventude. já escrevi demais já cansei a vista já pensei tanto já andei muito - longe de sentir cansaço nunca vai ser o bastante porque tudo continua no instante eterno em que uma voz réquiem dentro da minha mente me fala em húngaro sobre um tio da bulgária que dança musica clássica desde pequeno na época em que seu mundo era vermelho & as cortinas de ferro sem burger king não podiam se perder nos mares de batata frita & coca com gelo. ouvi dizer que em modelos de estado totalitaristas haviam homens ricos & hoje milionários da transilvânia falam & babam a pobreza & violência crescente mas sem desespero porque propaganda & liberdade dissimulada caminham juntas com a sábia república democrática catimbera . o mundo é um hotel sem reservas & com diária cara demais ou então uma fantasia alienante confunde o entendimento rude do mistério que passa voando como um clipe preto branco mudo com cartas na manga latas de solvente . sempre se pode ir mais adiante nas areias dos desertos que jazem em jardins internos das cabeças presas na multidão de meio dia. devem ser felizes os insetos - um escorpião ou escaravelhos de hoje descendem da linhagem real de deuses antigos - existe um escorpião suicida vivo agora perto de alexandria que a 237 sortidas vidas era filho de um faraó obscuro pintado a lata como um cachorro perto de pegar um resfriado na festa de música negra que rola aqui no bairro naufragado de barcelona suja de cocaína nos subúrbios da juventude de cabelos engraçados. vivo sinteticamente escondido entre duas musicas eletrônicas minimalistas . ponte: mosquito grudado na pele aberta dela . diziam que pulou chorando . diziam que estava farta que estava rota diziam que estava doente bipolar de tanta mágoa. diziam que ela sem vida respirava pontos cardeais desnorteados - pulou pra que ? amigas (mas ela nunca teve amigas) diziam foi por egoísmo. um senhor de cavanhaque branco & capote rasgado perguntou se era niilista enquanto tremia de memória . egoísmo?! vibrei em frente aos seus cabelos negros grudados no emplastro vermelho do suicídio voando pouco mais acima das pessoas tarde da noite. dizem que foi por filosofia . pulou a ponte & sua cara foi de encontro com uma carreta de carga desmiolando tudo que poderia ter visto & tinha que ser no instante quando noite faz sem sombra a manhã quando sem luz ou penumbra almas se arrastam nas portas das padarias em espera . suspirei & percebi que gostaria de aproximar mais a vista fui indo proximidade rosto disforme & num macabro lampejo um sorriso da morta foi maior do que qualquer furor - rua: chora asfalto pisado incoerência divinal sem = ou sem + nem - choro & dizem que faz bem pra alma (na real não to nem aí) .dizem que faz faz bem pra saúde : vou descendo uma rua no born skate velho lixa gasta rodinha solta nariz gelado. faz frio ?! pode ser que sim mas tanto faz mesmo (na real não to nem aí pra nada) . estoura dropa & chora ! tema: russo em um bairro tropical de poucas ruas algumas esquinas duas comunidades que se cruzam & uma praia que quer todos em sua onda - onda sempre foi desde criança fazer amizades sem desconfiar da tragédia vital responsável evidente por sufocar & depois deixar a alma se elevar como uma ode inspirada em musas eternizadas pela pedra do leme idealizada no eterno monte hélicon - minha face encostada na areia ouvindo o murmúrio da espuma arrastando novas conchas & moedas antigas. nado até a praia do anel arfando ou pela trilha dos pescadores para ver urca singrando sua distância militar da praia vermelha ou o próprio forte do leme ao lado da escola sempre perto & distante hoje tão perto & distante. vou voando por sobre meus lugares favoritos passando pelos quartos dos meus amigos como vela flamejante - fiquem longe de problemas - polícia - maldade que pune que usurpa tempo destina falta de horizonte clausura o sol de cada dia que o sofrimento possa ver o mar todos os dias e se deixe voar. pedra : portuguesa cheia de ponta na testa aberta ter vários parafusos no osso partido em dois tres lugares placas de platina tiro na carne cova fantasma no meio do mato intocado na favela falta de amor peste frio social se sentir feio mais fraco burro incapaz. amedrontar sem querer. ter paranóia neurose fraquezas ser humano & viver sentindo fome da vida - de mais! pesadelo solitário no seu cubículo de noite nunca arranjar emprego viver de bico sem um puto no bolso nunca arranjar curso na vida dinheiro pro ônibus sujo cheio de baratas dinheiro pra cerveja dinheiro pra festa dinheiro pro pão. pior de tudo pode ser bem pior que isso. preso como algum peso ser preso indesejado ser preso fudido nunca mais ter a possibilidade de um bom sono que seja. ser preso enjaulado na umidade esgoto na fossa sem luz do sol com as moscas. perder liberdade por um crime cometido a revelia um crime anterior a nossa vida um crime que inexiste - crime coletivo histórico (brasil) - crime sofrido ancestral que açoita o desespero .de : veras dia revoltaglobal. www . cat: praça jaume primeiro :el govern contra el poble A BAIX L`ESTAT D`EXCEPIO !A BAIX EL DICTADOR MUSHARRAF ! MUSHARRRRRAF TRONTOLLA A BAIX ! A BAIX! - chefe de diretório dos representantes paquistaneses de barcelona gritando esgoelado pra massa dos locutórios que aplaudia inflamada ou simplesmente olhava pra fachada de algum prédio vestindo túnica & sandália marrom mão pra trás viajando sobre um kebab em poblenou depois daquilo tudo. displicente em sua paciência milenar me olhou mas não entendeu nada - aliat incondicional dels estats units - mas que porra é essa?! ele pensou em urdu quando tentou ler o panfleto sem entender nada de catalão .passei perto ninguém viu nada. ninguém nunca infinitamente VÊ nada quando a luz invade a vista & tudo se reflete no seu sistema nervoso treinado bobo que pede comida dando a patinha que nem cachorro mimado ou uiva & corre de forma lupina altas horas da lua ? iluminada lateral visigoda da esquina ramblas plaça catalunya mossos d'esquadra todos de preto coberto escudo uniforme capacete gigante contra uma massa anarco-furiosa bradando pelas oito horas da noite tambores & bombas junto da bandeira anti fascista tremulando pelo fim de mitos & heróis opressores. foram magros jovens mais de mil vozes arrasaram o limite jogando molotvs pedras quebrando as vidraças da propriedade queimando batendo na policia sim mas respondendo a uma agressão anterior & posterior a juventude. batalha campal sem fim ou principio mas que faz o coração bater de forma pesada forte & parece que inflama a tua energia vital respiração sem algoz para abater uma poesia ou uma visão mesmo que a gente realmente não veja nada - ninguém vê nada: infinitamente VÊ nada quando a luz invade a vista . foto: da alma poucas palavras & uma coisa - a sombra é seca . na chuva ou tristeza ela permanece na falta que me faz - ela é igual - sombra seca cortando por onde sigo passos que cada minuto esperam um choque no corpo que mostre pra sombra como é bom se molhar & sim traga o afago que tanto pede mesmo muda a alma. reco : reco na praia perto da paralela de frente pro pico como sempre marcando território debaixo do coqueiro - sombra. sarna de leve no pelo rajado uma feridinha antiga já melhorando & moscas felizes cachorro deitado na areia olhando tranqüilo pensando um pensamento canino do tipo mijar ali do lado ou ratear a sombra de alguma coroa madame que ta marcando perto da barraca da margareth bombando sexta manhã de algum feriado quente perdido no tempo do campo presente pra o beiral jogado sangue areia & bola amarela na hora do auge momento do gol a motinho o verme olhando passa mas nunca para - teve uma vez que o cara da motinho caiu & voou por cima dela & ela caiu em cima dele rolando na areia de noite - lógico não precisa nem falar o quanto vagabundo gritou pra esculachar o PM: UUUAAAAAUUUUU VALEU OTAAAARRIIIIIOOOOO HAHAHAHA VACILAO BUUURRRROOOO AAAHHHH HAHAHA apoteose carburando rindo quase morrendo de tão engraçado o vacilão coçando a cabeça levantando totalmente arrependido de querer se mostrar dando algum tipo de salto arrojado pensando que ia tirar A onda . difícil esquecer foi muito engraçado & com certeza o cão tava por lá meditando como um guru pulguento já sem dentes latido rouco que anda com o ritmo de quem domina as ruas. mina : mora no leblon & vai pra praia no leme ! revolucionária ? que?! invadiu o casamento do filho do césar maia com uns malucos no estilo protesto violento não quer nem saber faz o que quer okupa casas enfrenta a polícia ouvindo caetano?!! SÉRIO SACANAGEM ninguém precisa saber a equação perfeita do calor destes versos & eu não sei o que aconteceu procurei em um sebo onde se consegue encontrar muitos livros sobre magia ciência & convulsão social do exagero pictórico. li nuvens semeadas por sonhos torcidos pela falta de frente de cara dos quintais criativos das pessoas. tssss !! demais isso adorei o processo criativo exatamente esse . vidas outras vidas vidas que não são suas inventar o que não é seu (parei debaixo da marquise amarrei o sapato – chuva) várias pessoas falando o que achavam foi muito tempo em menos de uma hora a mistura de situações onde nada tem a ver com mais que nada . piotr kropotikin: DIZEM QUE QUANDO PEDIMOS A ABOLIÇÃO DO ESTADO E DE TODOS OS SEUS ÓRGÃOS, SONHAMOS COM UMA SOCIEDADE COMPOSTA DE HOMENS MELHORES DO QUE ELES SÃO NA REALIDADE. NÃO, MIL VEZES NÃO ! O QUE PEDIMOS É QUE NÃO SE FAÇAM OS HOMENS PIORES DO QUE ELES SÃO, COM SEMELHANTES INSTITUIÇÕES ! êxtase pulando no telhado quebrando a gênese dançando pedindo átomos para uma grande implosão de luz & que se expandam gestos libertários ! cólera: onde você está agora ? to velejando num revolto redemoinho nos meus cabelos negros de atitude desafiadora : ONDE VOCÊ ESTÁ AGORA ? ! :? : : ?:!?:: ?:..!!!? & nunca se acomode numa bocejada cara. um mago disse que bocejadas vão contra o poder xamãnico do transe celestial dínamo das ruas sôfregas dos olhos opalas onde o vácuo não é fugidio apesar de existirem deuses que brincam com a nossa ignorância. sucata: coleta aleatória - seletiva. sendo nada a sucata pode transvalorar - se verso vazio vazando vistas vastas vermelhas & sobretudo - vazio - o vazio da sucata é repleto de verso vencido passado vivo ali pra sempre. depois no vazio prensado na máquina do milagre da reciclagem imaterial onde leio & cuspo rumino afasto pra perto você ! música: desculpe mas sou rude (charme de maluco) . sou homem decidido & vou viver correndo como um grande comerciante das peles desnudas usando moeda do éter sem importar com o mercado externo que abalou a bolsa de algum tigre asiático em meados de qual década ? tava no sol sem dinheiro vadiando em um dia folgado imaginando como a vida poderia ser na ilusão & sem me importar com o futuro que não fosse o ato do despojo. página 368 ele disse : deus há de perdoar. !!! tudo tem dois gumes, agora tudo tem dois gumes RASKOLNIKOV mais de dois + dois os gumes inúmeros superam a humanidade jazida triste no fundo da minha taça de vinho chileno última bebida da noite de ontem primeiro gole da manhã fria de hoje com o céu maravilhoso cinza desta cidade que é só mais uma cidade suja bela gótica. bebo vinho esquento hak como um ancestral balear marujo de mares desconhecidos porque agora é hora de se pastar pelas gotículas de suor saídas das têmporas selvagens estouradas por machadas da ironia divina. reticências sobre as gosmas boreais.dinheiro: a segunda vez vai ser muito fácil. iliteratura foi pra minha parada uma teia sem tempo atrás ou a frente entende ? tanto pouco sentido dos sentimentos figurados da ciência me fez querer ser literato tropeiro no ressabio com as palavras que nem caboclo do mato. cheque pré mate dois matutos (peão!) de mais um coronel (rei?) do brasil. xadrez você ta em cheque ! universidade do crime no brasil. aqui social primeiro mundo só peão é maioria em todo lugar mas mesmo assim. dois bispos passaram por mim hoje na diagonal perto do passeio de gracia & eu cavalo doido fuzilei os seus olhares profundezas fria dos áridos infernos desses porões onde suplicam almas órfãs. quente é o paraíso com árvores frutíferas & ventres maduros salgados pelas marés mães naturezas perfeitas filhos peles negras sorrisos alvos tudo brilhando fim de tarde passeio na colina afim de pegar uns cajús & ver o por de sol lá do alto sacando a bancada de coral ! na ilha ! tinha um livro em inglês capa dura oscar wilde em alguma prateleira hoje em algum lugar que passei andando mas não me lembro onde pode ter sido & são horas que passo a me questionar se foi em algum desses sonhos logo chego : foi sim ! não importa aonde que horas antes ou depois de alguma outra ocasião foi num sonho mesmo. foi tudo. um sonho com bonequinhos de cartola & ventríloquos loucos que berravam na rua: VERDADE RAPAZ !! ninguém parou pra pensar era verdade sim era mesmo mas o que eu quis pensar foi : AHH só pode ser mentira ! me sentindo vivo.auto representação: assinar vontade negando crises éticas usando orgasmos iluminados pelo suor da criação com jorros cromáticos na tela da irreal idade anterior à produção individual que berra um manuscrito queimado. séculos inimagináveis partos parentes de um dos reis magos que ficou com preguiça de visitar o rebento na manjedoura. rei mago este da peste que sentou pra repousar na sombra no meio da trilha encantada em um vale submerso por sons de cachoeiras diáfanas & seres dançarinos. sentou pra tratar o fumo & meditar um pouco mais observando a natureza. esqueceu de tudo. vontade de solar como sol auto suficiente cantante amigo de sábios que em bando escutam as vozes das musas impressionadas pelo valor impreciso entregue deste carrossel dos homens. amando sendo amados subindo descendo de acordo com a onda migratória de todas as almas - amaciando o tempo agora que estamos vivos eu estou VIVO afirmando que represento familiares em algum ponto longínquo de uma etiópia rural donde pode ter surgido o primeiro sopro de poesia de tato de trabalho. você vivo o suficiente pra ler ou se entregar ao vazio desconhecido gerador de imagens livres cristais das causas & efeitos todos na atividade moldando com a ação um vaso de realidade material sendo vida a cada momento erguida pelo barro cósmico em nossas mãos de criadores não-criaturas . pisei no vaso pré fabricado. só um novo pra ter a forma da vontade! sua percepção - tudo que pode captar sobre matéria - o conhecimento é apenas uma influência CRIE COMO UM IGNORANTE FURIOSO até o mais sutil soneto apaixonado até a mais séria carta de despedida ou o maior gesto de entrega o mais cálido passo pra frente - como um ignorante furioso cheio de amabilidade pressentida cheio de erudição na alma leve - como um ignorante furioso que lembra da sua infância simples respira de olhos fechados qualquer jardim de seus primeiros anos ou qualquer terreno baldio qualquer tarde férias cheias de sexo - carona : volvo velho montado por um inglês hooligan até o osso que entende tudo de carro envenenado. o motorista - cara - piloto maníaco da estrada ativando o turbo sem nem usar a quinta pneu cantando & o carro no estilo banheirão ia como manteiga pela pista: lou 270km !! falava o piloto cria do bairro jamaicano lá de londres dente de ouro na frente do sorriso frenético que deixava gelado qualquer um ali. ele olhava pra minha cara & via alguma centelha lunática querendo velocidade. mais uma risada distante uma passada de mão no rosto & todos rindo do meu primo lou bebendo outra latinha de cerva massa na brasa flipando como um ceasar esquecido de roma na estrada perto de tarragona voando baixo. parada! mais uma parada na estrada entramos num bar local & wes o piloto jamaicano amigo de lou meu primo pede por uma tábua de drinks dizendo que fomos muito fodas por comprar uma garrafa de absinto. meu irmão esse pancado tá de sacanagem na moral - inglês maluco ! dez shots de drinks diferentes coloridos com fluor ou algo assim . dez desses depois & fomos pra estrada de novo curtindo 2PAC destino comunidade valenciana ou TUDO AGORA ! vamo que vamo meu primo quase chorando & eu os dois respirando absinto distante vibrando quando o carro ultrapassava 200 ele ia quase sei lá quase quase & chegamos no fim da festa dia nascendo garrafa de absinto vazia ou quase vazia caldinho de feijão fiquei emocionado com tudo mandei o wes comer salgadinhos brasileiros & o cara se amarrou no frango a passarinho lá pelas seis da manhã tava apertando a mão do sávio samba rolando solto. in:fim não existe como qualquer buraco que existe. de jeito nenhum existe fim. quem sabe de repente antes do começo bem perto dele como dois pontos: o centro deles sejam eles mesmos existindo perto separados ordenados de uma maneira sem sentido nenhum ao vago. in. fim não existe como qualquer lacuna que existe. fim & começo estão de costas pra verdade & postos a disposição aleatória repetitiva mesclada bolo de cartas ou rodadas de dados viciados pela eminência como os giros vulcânicos no centro da terra fazendo a gravidade tremer frente ao calor da massa simulacra sendo ela mesma tendo o mesmo centro da imaterialidade o mesmo centro da fuga das vistas o mesmo centro que desaparece como todo final ou início tido por verdadeiro. isso não existe. não existe como borges existe não existe como o centro do borges existe ou como a poeta ou o centro dela que é meu centro postado da mesma forma incoerente & expulsa o fim o início durante enquanto. cabelos crescem cabelos do borges da poeta meus cabelos crescendo somos relva nos campos regados por chuvas sem fim nem começo por todas elas chuvas de até ontem . futuro de hoje amanhã passado com um meio voador escrito a todo tempo pela máquina cosmogônica maestra da nossa mesma vida.friistailiandu: tava eu & badu lofan o poeta obscuro de papéis amassados riscando o horizonte descendo da fumaça enquanto uma enorme nuvem negra chegou pelo morrão invadindo o vale & o que vimos foi o creme o chantili o chanti cara pode dizer que vimos tudo que era cereja espectral descendo correndo pela trilha gritando com medo do céu desabar nas nossas cabeças & badu gritava fudeu mané corre corre eu respondia corre badu fudeu mané corre corrreee a flor no encalço gritava pelo badu espera meu amor corria ao avistar o brilho da pedrinha de cristal bruto parei peguei umas pedrinhas de cristal bem pequenas & o céu desabou. corre badu corre mané corre que o céu ta desabando a gente de chinelo se cair um raio o chantily desanda ! lofan muito bolado colé meu shock num me faz rir agora não !! pânico no frio da chapada no nosso vale amado correndo livres sem dinheiro com os pés na lama correndo com o corpo quente pensando em conversar mais depois. mas só depois de comer uma pizza apertar um & beber uma cachacinha . uma dose.labirinto: sonhos: assim como passos ..sonho.. assim sem sono taciturno sem sono de viver sonho que pode ser assim sem sono .de passar. sonho que vou contar & de pensar que a pouco tempo já não sonhava tinha deixado minha deriva como uma forca escrava - no abismo - eu. sonho de novo & gosto. esses sonhos. sonhos. que parecem o que vai acontecer sonhos prismas projetados nas paredes velhas da triste rua o sombrio solo embriagado. assim sonho por seguir sonho porque gosto da vida sonho morte porque morrer pra mim agora parece projeto distante sonho com uma presença estóica numa caminhada – eu - agora nesse devaneio solilóquio NESSA EPIFANIA quero mesmo sonhar vendo reflexo brilho dos olhos do encontro estreito poesia do jardim daqui de lá que sabemos ser nosso.barulho: tudo que passa longe do silêncio grita com gosto de AGORA britadeira no corpo riscando toda a costela. comprar briga me parece mais tema fiel me parece lema - falar escrever palavras se perdendo na fossa da esquina & viver é promessa intensa na existência. som de metais de cartago sino fúnebre de mais um homem entregue a dor das temporadas gritos rezas fina fumaça de incenso aos deuses no caudaloso movimento entre margens cheio de pedras vivas alisadas pela água fria doce que corre com calma irrigando ruídos mesmo que leves alquímicos. ruídos. relvas sonoras raízes anucleadas prótons cheios de sentimentos vácuo partido palma da mão suada orelha quente & a vista longe não perdida mas olhando como deve ser - refúgio: inspirar é bem melhor do que fazer parte. própio favorecido envelhece como memória sépia desgastada. fotografia 3x4 presa em uma cortiça superficial - TER TRAJES SEPULTADOS EM CHARLEVILLE AH MISÉRIA!! NÃO!!! possuo em minha alma um espírro cancerígeno letárgico anfíbio vida morte de suicida iluminação! preciso mergulhar mais forte na minha queda sempre. preciso curtir + o lusco fusco . não gosto que gostem por falta de originalidade. não chamo me isolo em uma sombra encontrei abráxas ébrio com meus pés atolados numa vala coberta com pétalas da cor de sangue seco. galhos pequenos partidos em formas de pérolas (thot singrou verbo para jugurta no seu palacete berbere) minha essência no jardim epicurista colhida pelas mãos da musa poeta que possui momentos de palas atena. pedras brindaram nossos reflexos se revelando por sobre um imenso caramanchão filosofal cheios de toques celebrados como matéria livre. panacéia: higiene fecunda como feijão pros enlatados bem verdinho que faça crescer a ponte para sabedoria do simples. composto - emplastros produzidos pele sobre pele causando um efeito de solução tipo bem estar de estar tudo sendo bom como sempre quase nunca acontece. compressa sem pressa alguma dois corpos prensados dispostos livremente nas extremidades da base central que é vontade de rasgar cores com vistas & olhares devolvendo sempre ao mar de uma base superior do manejo desta placa móvel que nos conecta entre a base & ela a placa móvel girando - se como línguas as vezes giram. ou alavancas. é. alavancas sendo certamente pressionadas contra a parte superior - quer dizer a parte superior evidentemente pressionando superando assim toda capacidade dessa tensão ou prensa carnal.ensaio: ser erudito & analfabeto beatífico prostrado diante da tela fria observando hebe bebendo sua cerva segunda feira ? meu eu produto da indústria que se não é laica ou luciferiana deve ou não ser doutrina cultural de porte ultra marino - teia de ressaca embaraçada confusa em um insólito coito imaginário nas barbas destes dias & versos infrutíferos cheios de sinais mau correspondidos devido ao forte odor da interferência astral deste futurismo caduco diante do vale do silício fatalista . adorno meu espírito pessimista diante da lápide benjaminiana em busca de ação. amarga seiva do mercado & sua cascata intermitente retiram minha ordem dos sentidos.