passante



Mais vigor nú passeia
luz vaga brilho vaidade santa
cheio de fome sobe desmaiado
eixo da cidade está putrefato,

Venta cego selvagem
espanta folhas abatidas
afundamos a penumbra solidão
sob profunda calçada de concreto,

Você emudece Nós caminhamos
la vai o expressionista sem teto
voa pesado sem cantar
seu capuz da K.K.K. em farrapos,

Caminha espremido entre muros
terra nivelando carne suturada sexual
sem espaço pra explodir
diante da beira do meio,

Sussurra uivos nazis
espaços sem espaço - passante
escancara sua boca
seca a marquise
mas trinca logo depois,
chora loucura a máscara
que protege tua cara carcomida
querendo ser fácil ser pessoa
fácil queria ser uma fácil pessoa.

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