sutra do vale

tomada do morro do castelo rolando mel com limão - o hak e a massa verde salvador pra moreré pra salvador pra o capão pro pati noites de céu estrelado bolado vejo estrelas voando minúsculas espaço naves que eu vi eu vi deitado da pedra aqui na caverna comendo doce de leite :::::::::::::: KRISPA fazendo uma fogueira enquanto alguns dormem e outros como eu bebem um goró verminoso - tem um cachorro deitado aqui perto - aqui perto me ofereceram uma fatia de goiabada: foram os sons da mata e o que não é lindo por aqui ? não existe nada por aqui que não seja assim - lindo - éééééééé as plêiades estampadas no kosmo o universo é um teto furado vazando luz direto pra os meus olhos que se fecham pra o sono quando tudo se abre pra um sonho - um dia os olhos não abrem mais e o que era sonho vira a cinza dessa fogueira aqui do lado da minha existência atemporal que é feita da morte que faz vida e vigilia enquanto se vive se morre e se acaba ?! - SUTRA DO VALE - o som de mantras plácidos correntes na beira de um riacho das águas coloridas libélulas azuis pequenos dragões voadores insetos pousados sob arenas de luz refletida no espelho dos olhos das águas em fuga - amor entre pedras no momento da profundeza no vale das cigarras e dos grilos dos pássaros serpentes onças e macacos - vale do vôo vale do pouso vale de montanhas rupestres naturais cobertas de minério alquímico encosto minhas costas de frente pra o rio que não para de escorrer o movimento limitando a rocha dividindo a água em um abraço ou uma faca uma foice molhada na lâmina que nos leva e nos termina em sua corrida *** CALIXTO DE MANHÃ & frio prefeitura sono no corredor da casa chão frio pés no solo algumas horas de pedalada em direção ao capão :::::::::: arruma lá o fumo de corda pra misturar no HAK krispa pele azul vai andando pela trilha onde as pedras preciosas das estirpes de cor jazem por debaixo dos lençois freáticos de amantes da nossa terra da banana da banana da terra do forró metal pesado chão da casinha gelado ali sentado em frente ao mapa eu vi a cidade de chique chique ao lado de barra margens de são francisco majestosa bahia de todos os santos dançarinos de todas as costas encostas selvagens aonde o verde respira por meu pulmão pulsa pelo coração bate pelos pés brilha no chão HARE KRISPA vamos andando de bicicleta imaginária nesse campanário encantado habitado por elefantes e heróis perfilados para a batalha das falanges libertárias contra todos os muros de concreto pessimistas das urbes assombradas parado na estrada (uma carreta virou na chuva) a chuva que penetra até o espaço inexistente o onibus povoado por um pessoal seguidor de carlos castañeda - LOUCURAS DA CHAPADA - espero chegar a tempo em salvador city para poder comer um acarajé da cira em itapoã e depois partir pro rio de janeiro engaiolado em barras de ouro da ilusão entorpecente (...) a galera do castañeda ta entrando numa de fazer um passe coletivo no corredor

3 comentários:

Anônimo disse...

oque jorra do fundo peito ,quando o inacreditavel invade as pupilas,quando o fundo vale é o fundo da alma,a lama limpa a vontade de ter uma sola,a literatura são os fungos que crescem nos cantos mais discretos,as cores e os odores são vida pulsante sem vocabulário que as distingua,tonalidades de totalidades,a pressa se foi no ressoar da mente invadida pelo silêncio das rochas,o pensar se esqueçou metamorfosiado nos acordes de um trinca ferro,me deixando voltar para o colo de minha mãe,na paz que nunca fui ,agora estou,sou a voz que deus sussurou para todos os que calaram o jamais....

omnia in uno disse...

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
do fundo!
fundo demais!!

Anônimo disse...

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