['' a vida sem festas é um longo caminho sem hospedaria'']

. . . Marechal Carleto .:. canção eslava - poemas bélicos - . . .

lembro em 2004 todos os dias nós recitávamos com orgulho: '' o sol doira sem literatura'' e ficávamos salinos escutando o marulho de ipanema desfrutando a juventude plena de alegria e de um niilismo que gozava a metafísica de inúteis sonhadores desiludidos - acima de tudo felizes desiludidos sem esperanças frente ao momento do estalo de consciência que levaria todos de volta para trilha de Lemúria - momento que nunca chegou e agora tudo foi ficando mais perigoso, sabia que não tínhamos razão porra nenhuma - adorava isso eu ainda adoro isso enquanto todos estão aí construindo fortalezas com a razão eu invado derrubando suas muralhas armado de vinho consagrado a Dioníso e os meus olhos são as portas para a malha que engole e cospe os pequenos sensatos - eu e meu amigo Loscar incendiamos e saqueamos a estática dos pequenos - nossa cosmologia é belicosa imponente sagrada reverencia a manía de samadhi, os Deuses antigos as bebidas fermentadas as pétalas devoradas à exaustão - dançamos como bárbaros dançavam para lua cuspimos hidromel e regozijamos coçando a barriga frente ao espelho coroando a ilusão dilacerante vendo o medo e a insegurança daqueles que imaginam a redenção na forma: pra nós a forma só pode ser a carne e sua essência a carne e a eternidade a carne e Jesus a carne a poesia o firmamento a hóstia tem gosto de uva pisada num alpendre florido lá na eternidade acampados perto do Hades convidamos a orbe que seja para destilar mais uma palestra e ensinar que a alegria só existe com a dor e só os ferozes são livres e só os ascetas são iluminados e o ascetismo é trágico banhado a vinho monástico !!

4 comentários:

Carleto Gaspar 1797 disse...

Tá estilo Saigon 1968


Iraniano!!!

Anônimo disse...

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa me leve presse acampamento às pressas. vou com os dedos dos pés abertos sobre a terra antes pisada pelo que não sei. vamos dar a volta na ilha grAnde e dormir no presidio violando seu silencio de mar, jogando faíscas na noite e deixemos que o vinho manche nossas peles e que a embriaguez manche nossas almas e que cheguemos ao hades de mãos dadas em ciranda. lá cumprimentaremos a todos e compartilharemos o vinho que beberemos todos num gole só, com a sede da ilha. vamos girar parados e confundir nossas máscaras num baile oferecido por Dioniso. vamos esquecer as palavras e pronunciar sons que inventaremos inspirados pela algaravia do bacanal ensandecido, e sangraremos nossas vidas banais que se escondem atrás de balcões e escritórios que por sua vez de nós encobre o calor derramado na atmosfera cínica do cotidiano e assumiremos sem qualquer vergonha o vermelho que estampamos em nosso apetite e celebraremos uma existência serpentinada, mas misteriosa.
vamos, me levem pra dar uma volta na eternidade!

Anônimo disse...

sim ,como arrumar uma treta pra sonegar essa existência conturbada entre ato e fabúlas,sonhos mortos como desgosto na boca,queria respirar ar de verdade,até penso no futuro em levantar uma firma de contrabando de tal especiaria rara,a moral do que é certo e errado já foi amassada em um canto,lá onde o vento não quer passar para não se mmisturar ao cheiro das sobras,a luz que seduz,é cega ao brilho dos fracos,a voz que se diz,nega-se,descrente da coompressão humana,sou daqueles que desconstroem ninhos por pura insensatez,atravesso vozes do plástico a lama percorrendo milhões de faces descartadas em meu inconsiente,o acaso se torna coerente no rolar dos dados,quadro após quadro se passa a peça,festa de verdade só para os bastardos,os não dignos e felizes não dotados dos grilhões da consciência,sigo um principe destronado de razão,passo após passo tentando esquecer o chão.....

Anônimo disse...

Ficou muito bom, rei! Acho que Pippin deve ter se emocionado.